O último álbum dos amotinados Yeah Yeah Yeahs é um dos grandes resistentes deste ano do meu leitor mp3. No momento de edição do disco, há já uns bons meses, não se proporcionou falar do disco. Faço-o agora, se calhar com outra clarividência (maior, suponho). A verdade é que, qual certificado de grande disco, It’s Blitz não parou de crescer aos meus ouvidos.
O terceiro álbum dos Yeah Yeah Yeahs é a grande metamorfose do ano: uma mutação triunfal de um corpo minimalmente punk para uma nova sofisticação synth-pop. O cirurgião chama-se David Sitek, o produtor (e distinto membro dos TV on the Radio) que conseguiu o milagre de fazer da actriz Scarlett Johansson a autora de um magnífico álbum de versões de Tom Waits (Anywhere I Lay My Head).
A banda de Karen O consegue em It’s Blitz o jogo de cintura de agradar a gregos e a troianos: sem apagar a sua chama rock & roll, descobre melodias pop poderosas e profundas, de potencialidades cinéfilas óbvias. Foram longe, mais do que se pensava. (Interscope, 2009)
sábado, 24 de outubro de 2009
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