Se os Interpol fossem bons, seriam como os Sunset Rubdown. As limitadas contas matemáticas dos primeiros são demasiado pequenas quando comparadas com a largueza da imprevisibilidade dos segundos. Esteticamente, são dois projectos mais vizinhos que amigos. O duelo entre matemática e arte mal chega a começar.
Ao leme dos Sunset Rubdown está o multi-instrumentista Spencer Krug, uma das personalidades mais activas da cena de Montreal - também visto nos mais que recomendáveis Wolf Parade, mas a colecção de projectos paralelos de Krug não se fica por aqui...
O quarto álbum deste colectivo canadiano, Dragonslayer, é uma espécie de ilha autónoma e independentista, culturalmente descendente dos Triffids e dos New Pornographers. Cada canção é de uma generosidade gigante em argumentos, e quando já ficaríamos contentes pela metade, não acreditamos que há ainda outra: um fôlego criativo de extensão hercúlea com espaço para um rematezinho mais aveludado que ficou por dar nos Joy Division.
Entretanto, a interpretação vocal de Spencer Krug já não cabe no sector da música, está ali numa dimensão teatral dramática.
Se tiver urgência em encontrar génio no estafado mundo do pop-rock, pare neste disco depressa. (Jagjaguwar, 2009)
domingo, 13 de setembro de 2009
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1 comentário:
desculpe mas
gostava de lhe "apresentar" esta menina saida de um conto de fadas que passou recentemente por cá. mais precisamanente, pelo Museu do Chiado. acho q merece.
http://www.youtube.com/watch?v=NXDKO9v8hSc
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